#27 A urgência da luta feminista e antirracista (com Cris Guterres)

Falar sobre a condição de ser mulher e negra no Brasil é urgente. Longe de ser uma questão de um grupo específico, é uma questão que diz respeito à todos, independente do gênero, da raça, da classe social.  Trouxemos essa discussão para nossa lavanderia e convidamos a querida Cris Guterres, jornalista, empreendedora, feminista, negra e podcaster, no Meteora Podcast, para nos apresentar a importância da luta feminista e antirracista para alcançarmos uma sociedade mais justa e igualitária. Cris nos alertou o quanto as mulheres negras ainda lutam para serem reconhecidas em sua humanidade e quanto isso é fundamental para avançarmos enquanto sociedade. A conversa foi potente, atravessada por trocas, desconfortos, dores, indignação, descobertas, risos e esperança. Além Cris, participaram do papo as amigas Andressa Sampaio e Hilda de Paula.

A conversa mexeu com a gente e, provavelmente, vai balançar você. Afinal, se, de um lado, partimos do pressuposto que o Samsara não tem solução, que há potência no silêncio, que é preciso relaxar em meio ao caos, que não há um mundo pronto lá fora nem uma essência inerente dentro de nós, do outro lado, há seres que experimentam sofrimentos seletivos pelo simples fato de serem mulheres e por serem mulheres negras. Esses seres sofrem pelo silenciamento imposto. Esses serem sofrem pelo caos provocado pelo sexismo e racismo. Esses seres sofrem porque há um mundo lá fora estruturado que permite que a cada 4 minutos uma mulher seja agredida no país. Que permite que cerca de 150 mulheres e meninas sejam violentadas sexualmente por dia. Que permite que, apesar do número de assassinatos de mulheres brancas ter reduzido cerca de 9% entre 2003 e 2013, esse índice aumentou 54% quando se trata de mulheres negras. Que permite que o rendimento de pessoas brancas seja 74% superior aos das pessoas negras. Que permite que mulheres negras recebam 44% do que um homem branco recebe.

Se a realidade surge na relação entre mundo interno e externo, quais realidades são possíveis para quem, desde que nasceu, é considerada pela sociedade como sendo um ser humano incompleto, menor, inferior? Não estamos aqui para solidificar essas identidades, nem muito menos solidificar sofrimentos. Mas se você, assim como nós, não concorda com a violência e desigualdades provocadas pelo sexismo e racismo, esse programa é pra você. Se, por algum motivo, você não entrou em contato ou não reconheceu isso acontecendo, esse programa também é pra você! Como nos alerta Angela Davis: “Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista.”

O papo foi beeeeemmmm profundo. Puxe uma almofada e vem com a gente!⠀

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Atendimento Psicológico gratuito 

 

SÃO PAULO

Clínica Pública de Psicanálise
Vila Itororó Canteiro Aberto (São Paulo)
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Clinica Aberta Psicanálise na Casa do Povo
Rua Três Rios, 252 Tel: 3227- 4015

Psicanálise na Praça Roosevelt
Os atendimentos são gratuitos e acontecem aos sábados das 11h às 14h, por ordem de chegada.
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Grupo de Sustentação do Psicodrama Público do CCSP
sábados, das 14h às 16h30 – 150min – livre – Piso 23 de Maio (Porão – 100 vagas) – sem necessidade de inscrição
Mais: www.facebook.com/PsicodramaPublicoCcsp

Roda Terapêutica de Pretas
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