Seres de todos os reinos, está no ar o segundo episódio da nossa série “O bem-estar como habilidade”.
Começamos essa série inspirados por uma fala do Dr. Richard Davidson justamente sobre o bem-estar ser uma habilidade que podemos cultivar. Como comentamos no primeiro episódio da série, seguiremos, apenas como ponto de partida, quatro pilares de práticas apontados pela ciência – e pelos contemplativos – como essenciais para esse cultivo: Propósito, Consciência, Conexão e Insight. (Apenas como contexto para quem não ouviu no primeiro episódio da série, esses termos são uma tradução livre nossa da linguagem utilizada no programa Healthy Minds para apresentar esses pilares. O Healthy Minds é um programa que foi criado pelo próprio Richard Davidson e outros cientistas, como Cortland Dahl, ambos grandes praticantes e alunos do Mingyur Rinpoche).
Se você ainda não viu, no primeiro programa da série, falamos sobre “Propósito”. E, hoje, vamos conversar sobre o segundo pilar: “Consciência”. De novo, voltamos com o mesmo formato: uma mesa redonda entre nós seis, em que compartilhamos como esse tema em particular ressoa para cada um em primeira pessoa.
Nesse pilar, de “Consciência”, estão todas as práticas voltadas para o cultivo da atenção, da introspecção e outras habilidades mentais correlatas. Em outras palavras, todas as práticas que nos apoiem a cultivar uma atenção relaxada, estável e clara tanto ao ambiente ao nosso redor quanto a experiências internas, como pensamentos e emoções.
Diversos estudos científicos atuais apontam a conexão entre esse pilar com o bem-estar, na medida em que ele nos ajuda, por meio de suas práticas, a irmos além da agitação ou distração e do mero torpor ou embotamento – os dois extremos nos quais usualmente nos vemos no dia a dia. Dentre os resultados específicos identificados, estão o de que essas práticas apoiam a regulação emocional; levam a níveis mais baixos de estresse, reatividade a dor, ansiedade e depressão e promovem emoções positivas e uma maior sensação psicológica de bem-estar. Além disso, claro, esse pilar é uma das bases de muitos caminhos contemplativos, então é mais um ponto onde há uma clara convergência entre a ciência e as práticas contemplativas.
Mas, nem precisamos ir tão longe para ver a importância dessas práticas: é só lembrarmos da última vez que tentamos focar em alguma tarefa, leitura, conversa, etc. para vermos a dificuldade que temos de realmente direcionar e manter a nossa atenção em algum objeto de nossa escolha. Usualmente, somos simplesmente carregados, sem liberdade e sem muitas escolhas pela nossa mente. É evidente que, com uma mente assim, estamos muito mais sujeito às aflições mentais, a termos episódios emocionais destrutivos e a seguirmos comportamentos dos quais nos arrependeremos no futuro.
Então, este foi o tema da nossa conversa! Assim como fizemos no programa anterior, falamos, a partir da nossa experiência em primeira pessoa, sobre como vemos a conexão entre essas práticas de “Consciência” (ou cultivo da atenção) e o cultivo do bem-estar, abordamos potenciais obstáculos, armadilhas e dificuldades nesse caminho e finalizamos com práticas, contemplações e referências que têm nos apoiado a seguir praticando. Não esperem nenhuma aula ou grande ensinamento, ouçam realmente como uma conversa despretensiosa entre praticantes.
Mais uma vez, vocês vão ver que dividimos o programa em alguns blocos de perguntas e, entre cada um, colocamos uma música como transição. Sugerimos aproveitar esse breve momento para notar como tudo o que falamos no bloco anterior ressoa por aí e como vocês responderiam às perguntas que nos fizemos. Se acharem útil, pausem o áudio por alguns instantes para essas reflexões.
Também, como fizemos no primeiro programa da série, vamos deixar, ao final do programa, uma sugestão de prática relacionada a esse pilar, para cada um fazer no seu próprio tempo. E, no site, na página desse episódio, listamos algumas das referências que citamos para quem quiser se aprofundar.
É isso! Relaxem e desfrutem!
Como sempre, para quem quiser nos apoiar, estamos no apoia.se/coemergencia.
Referências que citamos
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